terça-feira, 16 de junho de 2009

O Leitor


Eu sempre prefiro ler o livro (quando o filme é baseado nele) e só depois assistir ao filme.

Este eu fiz o inverso: primeiro assisti ao filme e depois li o livro.
Várias passagens eu só realmente fui compreender depois de ler o livro, mas isso não impede que tanto um como o outro seja magnífico.

O filme/livro retrata um processo envolvendo o julgamento de algumas mulheres nazistas que foram guardas da SS em campos de concentração no final da guerra e, nessa qualidade, foram responsáveis por muitas mortes, especialmente de judeus.

A discussão jurídica é apenas o pano de fundo para debates muito mais complexos sobre a natureza humana, a questão da culpa dos alemães, o conflito de gerações, o conteúdo contextual e histórico de justiça, o dever moral de agir diante de uma injustiça, a inexigibilidade de conduta diversa, o direito à memória e à verdade, o direito de defesa e assim por diante. Nesse ponto, o livro é um pouco mais rico do que o filme, embora o filme tenha se mantido muito fiel ao conteúdo do livro.

Enfim, recomendo tanto o livro quanto o filme.

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